como se te perdesse
como se te tivesse
como se houvesse
algo além
de olhares e acenos
dalguma cumplicidade cotidiana
daquela despedida ávida
de quem não quer se despedir
como se fosse a última chance
como se fosse o final dos tempos
como se fosse o agora ou nunca
como se fosse o máximo que pudesse
28/2
terça-feira, 26 de março de 2019
Partir
porque partir é como morrer
é se deixar esquecer
desaparecer
desse cotidiano
por isso insisto,
escrever
vã tentativa de permanecer
e quando apagarem
as letras das paredes
ainda lembrarás?
é se deixar esquecer
desaparecer
desse cotidiano
por isso insisto,
escrever
vã tentativa de permanecer
e quando apagarem
as letras das paredes
ainda lembrarás?
quinta-feira, 21 de março de 2019
A Tempestade
Relâmpagos?
não refulgem tão intensos
quanto teu olhar
Trovões?
não ressoam tão alto
quanto meu coração
21/3
não refulgem tão intensos
quanto teu olhar
Trovões?
não ressoam tão alto
quanto meu coração
21/3
Quando a chuva não cessa a seca
choveu
mas não nos molhamos
nos esquivamos
no abrigo frio
e seguro
choveu
mas nos protegemos
não ousamos encarar
a tempestade
o estrondo faiscante
no encontro do olhar
choveu
e a caatinga já florescia
mas a gente permanecia
como se a seca fosse matar
mas não nos molhamos
nos esquivamos
no abrigo frio
e seguro
choveu
mas nos protegemos
não ousamos encarar
a tempestade
o estrondo faiscante
no encontro do olhar
choveu
e a caatinga já florescia
mas a gente permanecia
como se a seca fosse matar
quinta-feira, 14 de março de 2019
Dez Chamamentos ao Amigo - fragmentos
II
Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me.
E eu te direi que nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ventura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
III
Se refazer o tempo, a mim, me fosse dado
Faria do meu rosto de parábola
Rede de mel, ofício de magia
E naquela encantada livraria
Onde os raros amigos me sorriam
Onde a meus olhos eras torre e trigo
Meu todo corajoso de Poesia
Te tomava. Aventurança, amigo,
Tão extremada e larga
E amavio contente o amor teria sido
X
[...]
É como se a despedida se fizesse o gozo
De saber
Que há no teu todo e no meu, um espaço
Oloroso, onde não vive o adeus.
[...]
Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me.
E eu te direi que nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ventura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
III
Se refazer o tempo, a mim, me fosse dado
Faria do meu rosto de parábola
Rede de mel, ofício de magia
E naquela encantada livraria
Onde os raros amigos me sorriam
Onde a meus olhos eras torre e trigo
Meu todo corajoso de Poesia
Te tomava. Aventurança, amigo,
Tão extremada e larga
E amavio contente o amor teria sido
X
[...]
É como se a despedida se fizesse o gozo
De saber
Que há no teu todo e no meu, um espaço
Oloroso, onde não vive o adeus.
[...]
II
Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida altivez, vasta ventura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
III
Se refazer o tempo, a mim, me fosse dado
Faria do meu rosto de parábola
Rede de mel, ofício de magia
E naquela encantada livraria
Onde os raros amigos me sorriam
Onde a meus olhos eras torre e trigo
Meu todo corajoso de Poesia
Te tomava. Aventurança, amigo,
Tão extremada e larga
E amavio contente o amor teria sido.
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=829 © Luso-Poemas
Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida altivez, vasta ventura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
III
Se refazer o tempo, a mim, me fosse dado
Faria do meu rosto de parábola
Rede de mel, ofício de magia
E naquela encantada livraria
Onde os raros amigos me sorriam
Onde a meus olhos eras torre e trigo
Meu todo corajoso de Poesia
Te tomava. Aventurança, amigo,
Tão extremada e larga
E amavio contente o amor teria sido.
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=829 © Luso-Poemas
II
Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida altivez, vasta ventura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
III
Se refazer o tempo, a mim, me fosse dado
Faria do meu rosto de parábola
Rede de mel, ofício de magia
E naquela encantada livraria
Onde os raros amigos me sorriam
Onde a meus olhos eras torre e trigo
Meu todo corajoso de Poesia
Te tomava. Aventurança, amigo,
Tão extremada e larga
E amavio contente o amor teria sido.
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=829 © Luso-Poemas
Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida altivez, vasta ventura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
III
Se refazer o tempo, a mim, me fosse dado
Faria do meu rosto de parábola
Rede de mel, ofício de magia
E naquela encantada livraria
Onde os raros amigos me sorriam
Onde a meus olhos eras torre e trigo
Meu todo corajoso de Poesia
Te tomava. Aventurança, amigo,
Tão extremada e larga
E amavio contente o amor teria sido.
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