terça-feira, 17 de abril de 2012

...e...

não houve começo
nem fim
só instantes
perdidos na memória

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Fresta

Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,

Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado

Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.

Fernando Pessoa

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Refletir a graça natural
dádiva divina