quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Templos

27/03
Uma cidade pequena, antiga, ao anoitecer. Lembro de um edifício comprido amarelo, com platibanda enfeitada, e da igreja. A Igreja se destacava pelo porte e primor arquitetônico, em comparação ao restante das construções locais. Sua fachada era em pedra. Possuía no alto um frontão central com volutas, encimado por uma cruz. Aí, na parte central, ficava a portada principal, maior, ladeada por duas menores, simétricas. Sobre as portadas, contornando-as, haviam esculpidos símbolos e desenhos diversos, que parei e me aproximei para observá-los melhor. Eram astros e os signos do Zodíaco.

28/03
Só lembro que caminhava no interior de algum templo, admirada com a decoração imponente. Enormes colunas palmiformes de pedra alaranjada, paredes totalmente preenchidas de hieróglifos e deuses egípcios.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

São os sonhos somente reflexo de nossos inconcientes secretos desejos,
ou ...

Páginas arrancadas

Acordei numa manhã cinza e me vi perdida em meio aos papéis eram bilhetes eram cartas rascunhos me trouxeram tudo numa sacola de plástico e então era verdade e agora o que faria e porque revelaria e então já é passado?

Acordei, já meio dia, cinza.
Constatei a ilusão onírica.
Fui preparar o almoço.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

No meio de nuvens cinzentas, há uma luz.
O sol, esfera dourada, fura com seus raios a densa massa nimbostratus
Mas repentinamente as nuvens se abrem mais,
vejo quatro sóis diferentes alumiando a esfera celeste.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Você sabe que sou natureza, contenho os quatro elementos, nela me transmuto, pois é do que sou feita, e assim, há o ritmo que pulsa, que reflete em meus passos, meus movimentos, e há aquela música oculta, quem é capaz de ouvir?
suave & selvagem
danço e componho a coreografia de cada instante
em meu pulso corre sangue, tanto sangue
quase perceptível através da pele fina
e o vermelho me faz lembrar do vinho argentino que acabei de provar
cujo sabor ainda está em minha boca
Sei que a morte é inevitável e não é precisa
Mas hoje, meu amor, estou viva.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Acordar de fevereiro

Até que finalmente você chegou
e parou em minha frente.
Um delicado abraço.
Beijo o teu ombro nu,
cheiro o teu pescoço
silenciosamente
pois não servem as palavras.
então dispara a sirene
e em vão insisto no sono
em vão peço: - não nos acorde
em vão pálpebras permanecem cerradas
mas as gotas de chuva caem
agora sobre a minha face límpida
e docemente sinto
a anunciação de um novo dia