quinta-feira, 25 de março de 2010

Instante

Porque agora vem uma brisa fria trazida não sei donde e fazia tempo não sentia. É escuro onde escrevo, só, única acordada na terra, única que sente. O que fazes agora? Também sentes? e então fecha os olhos, me percebes, pois envio meu sopro, parte de mim vai com a brisa sudeste.

*

sensível demais

Saudade

Doi.
E amanhã estarei ainda mais distante.
é possível?

sábado, 20 de março de 2010

Noite vazia, novamente?
[suspiros]
Eu achava que já estava voltando a ser uma criatura racional, e tranquila.
Me sinto um pouco inútil.
droga
o fim de semana vai acabar e virá ainda outro fim de semana
amanhã será o temível Domingo.

melancólica. sem um pingo de entusiasmo. (isso é perigoso)

Dai-me ânimo. Sopro de vida no meu pescoço.
Amém

Ando tão à flor da pele

aiai...espero que tudo isso seja só TPM.

terça-feira, 16 de março de 2010

O Rio

Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranqüilas

Manuel Bandeira

quinta-feira, 11 de março de 2010

às 16:40

O mar era dourado e o horizonte claríssimo

terça-feira, 9 de março de 2010

SONETO

Aceitarás o amor como eu o encaro ?…
…Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.

Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.

Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.

Que grandeza… a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.

Mário de Andrade

quinta-feira, 4 de março de 2010

Em 02 de março, a tarde acabando

Saí às 17h, necessidade de mar.

Caminho ligeira, arfante
até a pausa: vi o mar
revolto e verde completo
ainda não há paz
continuo, areia fofa, passos
mas escurece, tenho que voltar
não tem postes, perigo (dizem)
a água está morna
queria lançar-me
no verde agora grave
mas não posso
(mas não há coragem)
sou frágil contra as ondas
talvez me machucasse
só mergulhando compreenderia...
tudo já são sombras
só o som do seu ritmo contínuo
chego na calçada,
me refazer na luz