segunda-feira, 4 de julho de 2016

Ode à vagarosidade

Ode a vagarosidade

Sou lerda 
Sempre serei lerda
Enquanto o mundo urge 
e vocês correm desesperados 
Eu penso em mil poemas 
Inúteis poemas 
Para esse mundo prático 
Que não degusta os prazeres de viver o instante 
E não vê e não sente 
Juntem-se a mim os desencaixados 
Podem gritar, me demitir 
A vagarosidade é minha rebeldia 
***
Mil poemas inúteis 
Úteis para evitar o vômito literal 

Você chegou a perceber o meu olhar faiscante 
por trás das lentes do óculos? 

Desculpa aí, mas não nasci pra ser mártir, não.
Nasci pra o prazer!
Que o caos reine livremente em meu lar.