sábado, 17 de novembro de 2018

sede II

eu abri a porta
da minha casa
pra te dar água
pra curar tua sede
mas eu sabia
e tu sabia
que não era só isso
que a gente queria

naquele dia tão quente
sol fervente
e meu corpo a desejar
você apareceu de repente
tão carente
que deixei você entrar
...
pela porta da minha casa
pelos segredos do meu corpo
em um rodopio louco
...
eu já pressentia
ao andar pela cidade
teu olhar que me seguia
onde quer que eu fosse andar
e onde tu tava eu ia
enganando a realidade
mas tentava disfarçar

sede

"traga-me um copo d'água eu tenho sede"
mas só com a água ela não irá cessar
traga-me um copo d'água e venha junto
que no teu corpo eu quero me fartar