segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Gemínidas

As estrelas cadentes são respostas divinas?

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

o mar voltou a tingir-se novamente.


verde verde verde


às 7 e meia o sol já queima a pele

a sombra da mangueira é aconchego
 verde verde verde

 sem desespero

 só contemplação


terça-feira, 21 de outubro de 2014

sábado, 20 de setembro de 2014

olha a lua! tá aquele sorrizinho sapeca.
 ainda consegues ouvir o mar?

domingo, 27 de julho de 2014

estou contente. estava a dançar livremente ao ritmo inaudível do mundo. como há tempo não fazia

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Falar

A poesia é, de fato, o fruto
de um silêncio que sou eu, sois vós,
por isso tenho que baixar a voz
porque, se falo alto, não me escuto.


A poesia é, na verdade, uma
fala ao revés da fala,
como um silêncio que o poeta exuma
do pó, a voz que jaz embaixo
do falar e no falar se cala.
Por isso o poeta tem que falar baixo
baixo quase sem fala em suma
mesmo que não se ouça coisa alguma.


Ferreira Gullar

terça-feira, 3 de junho de 2014

um sentimento que não é preciso definir.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

imóvel

meu corpo colou-se no chão e pesa. se tentar me levantar rasgarei minha pele. como nua num bloco de gelo. imóvel e só

A outra cidade

Há muitas solidões cruzadas - diz - em cima e em baixo
e outras no meio; diferentes e semelhantes, forçadas e
impostas
ou como que escolhidas, como que livres - mas sempre
cruzadas.
Mas no fundo, no centro, há apenas uma solidão - diz;
uma cidade vazia, quase esférica, sem quaisquer
anúncios luminosos multicores, sem lojas, sem motocicletas,
com uma luz branca, vazia, brumosa, interrompida
por centelhas de desconhecidos semáforos. Nesta cidade
habitam desde há anos os poetas. Caminham silenciosos de
braços cruzados,
recordam factos imprecisos, esquecidos, palavras,
paisagens,
estes consoladores do mundo, sempre inconsolados,
perseguidos
pelos cães, pelos homens, pelos vermes, pelos ratos, pelas
estrelas,
perseguidos até pelas suas próprias palavras, ditas ou não
ditas.
 
Giánnis Ritsos

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Noites sem nome

Noites sem nome, do tempo desligadas,
Solidão mais pura do que o fogo e a água,
Silêncio altíssimo e brilhante.

As imagens vivem e vão cantando libertadas
E no secreto murmurar de cada instante
Colhi a absolvição de toda a mágoa.


Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 8 de abril de 2014

solidão

eu conto aqui para que venhas enxugar a lágrima que escorre no meu rosto com um beijo

a distancia dele não é como a tua
são milhas e milhas de saudade
outro oceano, outra estação

a tua distancia é ausência pura
silencio e segredo
vivendo do não

quarta-feira, 2 de abril de 2014

acerolas

 Depois do almoço, deitei em minha cama pra ler, quando acabei cochilando...

Estamos lá de novo, como há muito tempo.
Ele, ela, meus primos e vovó também.
Dia de sol.
deitados na grama do jardim
olha, tem quatro acerolas lindas, vermelhinhas, reluzindo no alto do pé
levanto pra pegar, mas não alcanço, nem saltitando
moleca, resolvo subir nos galhos finos
um espinho fura meu pé descalço bem na hora que colho duas frutinhas.
Desço, me sento no chão e vou olhar a sola do pé, batendo a sujeira pra ver se tinha cortado.
você chega e se abaixa pra ver meu pé, o segura e diz que sabia fazer um bálsamo pra evitar inflamação.
Eu  digo que não precisa, não foi nada, nem doí
[Lembro da infância. com pé cortado, e ainda assim jogando futebol na areia e depois caindo no mar, pra refrescar. e depois o corte inflamado com pus o resto das férias kkkkkkkkkk]

do corte do meu pé começou a pingar gotas bem vermelhinhas de sangue.

ah, esse lugar que sempre é férias, sempre é verão.

 


segunda-feira, 3 de março de 2014

Nada garante que esta noite
se apague no claro do dia
só porque um dia antes
era assim que acontecia.
Dorme teu sono, acorda dissonante,
sem saber se eras tu
ou tua sombra
que do sonho emergia.
Lava teus olhos, cospe na pia.
Enquanto dormias,
o espelho estava acordado.
Abre a janela, espia:
quem sabe o mundo
ainda está do outro lado.




SILVESTRIN, Ricardo. Metal. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2013.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Me pus diante da janela pra sentir a noite antes de ir ddormir. O mar bravo olho pra baixo imaginando q estaras ali, a minha espera nao E eu desceria assim mesmo, descalça

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

2014 chegou

E o mantra continua 

saúde 
coragem