segunda-feira, 31 de maio de 2010

Feitiço

NÃO!
disparou uma sirene, irei enlouquecer.

***

Antes, madrugada, acordada de súbito, desperta, sem motivos.
Pela janela, só a lua num céu estranhíssimo.
Pensamentos fluidos, incertos, perpassam, transmutam-se, misturam-se aos sonhos que nem lembro mais...
Eu era da matéria etérea que os sonhos são feitos.
Quem tece os sonhos?
sonhos são feito dos fios, através dos cabelos escorrem...
Porque creio que posso alterar a rota do que segue indescifrável?
-agora o silêncio foi maior-
Danço a música inaudível da escuridão, estrela cadente realiza o desejo, sonhas o que sopro no vento da noite, o amor se reflete no brilho dos olhos, lembranças, devaneios, de quantas vidas?
Já não percorro as escuras igrejas barrocas a procura de algo, o que é?
É que não lembro, acordo vazia, cansada. Ou então já encontrei.

Enquanto escrevo vou secando e vai chegando a lucidez.

Tão pouco foi escrito do lampejo dessa noite. Flui-se melhor com caneta, realmente.
A chuva vai acabando - não, retornou só para me contradizer.
O peso dos pingos impede que o vento carregue... sono
Acabou.
O sem-fim.

domingo, 30 de maio de 2010

É doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar

A noite que ele não veio, foi
Foi de tristeza para mim