terça-feira, 27 de agosto de 2013

Eu queria trazer-te uns versos

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Sua palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para os ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel.
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube
o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente de puro, ao
vento da Poesia...
como uma pobre lanterna que incendiou!

Mario Quintana

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida, assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como essas nuvens do céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mario Quintana

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

em iídiche

ele fala em russo
[amanha eu posso morrer]
ele não saberá
que nossas vidas são finitas?

ele fala em iídiche
[eu não consigo entender]
sua voz soa como
as notas do piano

ele fala por metáforas
de símbolos indecifráveis
ele não prometeu nada
quer só ser esquecido
!

sábado, 10 de agosto de 2013

Cansei

Agora eu quero dançar.