Fui envolvida em brumas novamente
Como as ondas, mar bravio
Arrasta, afoga, turbilhão de espuma e verde
Fui envolvida em brumas novamente
O acordar desassossegado
procura explicação e esquecimento
Fui envolvida em brumas novamente
O dia tenta correr cotidianamente
entretanto permanece o Sonho
terça-feira, 9 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Noite...
"Ali tão sempre perto e não me vendo
Ali sinto tua alma flutuar do corpo
Teus olhos se movendo sem se abrir
Ali tão certo e justo e só te sendo
Absinto-me de ti, mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir "
Ali sinto tua alma flutuar do corpo
Teus olhos se movendo sem se abrir
Ali tão certo e justo e só te sendo
Absinto-me de ti, mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir "
terça-feira, 12 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Quarto Soneto de Meditação
Apavorado acordo, em treva. O luar
É como o espectro do meu sonho em mim
E sem destino, e louco, sou o mar
Patético, sonâmbulo e sem fim.
Desço na noite, envolto em sono; e os braços
Como ímãs, atraio o firmamento
Enquanto os bruxos, velhos e devassos
Assoviam de mim na voz do vento.
Sou o mar! sou o mar! meu corpo informe
Sem dimensão e sem razão me leva
Para o silêncio onde o Silêncio dorme
Enorme. E como o mar dentro da treva
Num constante arremesso largo e aflito
Eu me espedaço em vão contra o infinito.
Vinicius de Moraes
grilos da madrugada
Adormeço cedo e acordo no meio a noite desorientada.
Inquieta, não produzo nada e gasto minha energia como que não merece.
Planejo o dia seguinte e não cumpro.
Talvez, eu devesse correr pela praia ao raiar o sol.
Aprender a sapatear, dançar quando voltar do estágio
Se eu cantasse seria mais tranquila?
Não há motivos, não é o que deve importar.
***
É tarde para falar contigo.
Deveria ter escrito aqui de umas madrugadas passadas,
transpirava arte e calor.
Inquieta, não produzo nada e gasto minha energia como que não merece.
Planejo o dia seguinte e não cumpro.
Talvez, eu devesse correr pela praia ao raiar o sol.
Aprender a sapatear, dançar quando voltar do estágio
Se eu cantasse seria mais tranquila?
Não há motivos, não é o que deve importar.
***
É tarde para falar contigo.
Deveria ter escrito aqui de umas madrugadas passadas,
transpirava arte e calor.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
segredos involuntários
sou primavera lua hipnotisa vento que capto quando chego respirar adormeço e nem sei acordo sobressalto nunca no momento que deve distração banho movimento fluir-se voz inercia olhos fecham sem permissão
domingo, 25 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Clarice, esta noite
"Saudade é um pouco como fome.
Só passa quando se come a presença.
Mas às vezes a saudade é tão profunda
que a presença é pouco: quer-se
absorver a outra pessoa toda.
Essa vontade de ser o outro para uma
unificação inteira é um dos sentimentos
mais urgentes que se tem na vida."
Só passa quando se come a presença.
Mas às vezes a saudade é tão profunda
que a presença é pouco: quer-se
absorver a outra pessoa toda.
Essa vontade de ser o outro para uma
unificação inteira é um dos sentimentos
mais urgentes que se tem na vida."
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Sonhos da madrugada anterior
Igrejas, novamente.
Dessa vez, Gótica. Era Notre Dame!
Entrava com fascínio e medo, gárgulas assustadoras, e algo mais.
Tentava ver os vitrais, mas não conseguia. Estavam cobertos por finos panos brancos que ondeavam ao vento.
Era menor por dentro, mas não menos alta.
Não conseguia percorrer toda, nem observar o que queria, procurava.
*Depois, ainda na noite de São João.
A mesma lua cheia, mas quando olhava para o alto uma segunda vez, os planetas se destacavam.
Me assustei. Quatro esferas brancas reluziam no céu, tinham um quarto do tamanho da lua e o mesmo brilho espectral.
Dessa vez, Gótica. Era Notre Dame!
Entrava com fascínio e medo, gárgulas assustadoras, e algo mais.
Tentava ver os vitrais, mas não conseguia. Estavam cobertos por finos panos brancos que ondeavam ao vento.
Era menor por dentro, mas não menos alta.
Não conseguia percorrer toda, nem observar o que queria, procurava.
*Depois, ainda na noite de São João.
A mesma lua cheia, mas quando olhava para o alto uma segunda vez, os planetas se destacavam.
Me assustei. Quatro esferas brancas reluziam no céu, tinham um quarto do tamanho da lua e o mesmo brilho espectral.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Feitiço
NÃO!
disparou uma sirene, irei enlouquecer.
***
Antes, madrugada, acordada de súbito, desperta, sem motivos.
Pela janela, só a lua num céu estranhíssimo.
Pensamentos fluidos, incertos, perpassam, transmutam-se, misturam-se aos sonhos que nem lembro mais...
Eu era da matéria etérea que os sonhos são feitos.
Quem tece os sonhos?
sonhos são feito dos fios, através dos cabelos escorrem...
Porque creio que posso alterar a rota do que segue indescifrável?
-agora o silêncio foi maior-
Danço a música inaudível da escuridão, estrela cadente realiza o desejo, sonhas o que sopro no vento da noite, o amor se reflete no brilho dos olhos, lembranças, devaneios, de quantas vidas?
Já não percorro as escuras igrejas barrocas a procura de algo, o que é?
É que não lembro, acordo vazia, cansada. Ou então já encontrei.
Enquanto escrevo vou secando e vai chegando a lucidez.
Tão pouco foi escrito do lampejo dessa noite. Flui-se melhor com caneta, realmente.
A chuva vai acabando - não, retornou só para me contradizer.
O peso dos pingos impede que o vento carregue... sono
Acabou.
O sem-fim.
disparou uma sirene, irei enlouquecer.
***
Antes, madrugada, acordada de súbito, desperta, sem motivos.
Pela janela, só a lua num céu estranhíssimo.
Pensamentos fluidos, incertos, perpassam, transmutam-se, misturam-se aos sonhos que nem lembro mais...
Eu era da matéria etérea que os sonhos são feitos.
Quem tece os sonhos?
sonhos são feito dos fios, através dos cabelos escorrem...
Porque creio que posso alterar a rota do que segue indescifrável?
-agora o silêncio foi maior-
Danço a música inaudível da escuridão, estrela cadente realiza o desejo, sonhas o que sopro no vento da noite, o amor se reflete no brilho dos olhos, lembranças, devaneios, de quantas vidas?
Já não percorro as escuras igrejas barrocas a procura de algo, o que é?
É que não lembro, acordo vazia, cansada. Ou então já encontrei.
Enquanto escrevo vou secando e vai chegando a lucidez.
Tão pouco foi escrito do lampejo dessa noite. Flui-se melhor com caneta, realmente.
A chuva vai acabando - não, retornou só para me contradizer.
O peso dos pingos impede que o vento carregue... sono
Acabou.
O sem-fim.
domingo, 30 de maio de 2010
É doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar
A noite que ele não veio, foi
Foi de tristeza para mim
Foi de tristeza para mim
quinta-feira, 8 de abril de 2010
?
inconformismo
impaciência
inexplicável tristeza
draminhas
covardia
..............
cansei .
amanhã será outro dia,
acordar cedo.
Preciso de sorte.
rezem por mim
impaciência
inexplicável tristeza
draminhas
covardia
..............
cansei .
amanhã será outro dia,
acordar cedo.
Preciso de sorte.
rezem por mim
sábado, 3 de abril de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Instante
Porque agora vem uma brisa fria trazida não sei donde e fazia tempo não sentia. É escuro onde escrevo, só, única acordada na terra, única que sente. O que fazes agora? Também sentes? e então fecha os olhos, me percebes, pois envio meu sopro, parte de mim vai com a brisa sudeste.
sábado, 20 de março de 2010
Noite vazia, novamente?
[suspiros]
Eu achava que já estava voltando a ser uma criatura racional, e tranquila.
Me sinto um pouco inútil.
droga
o fim de semana vai acabar e virá ainda outro fim de semana
amanhã será o temível Domingo.
melancólica. sem um pingo de entusiasmo. (isso é perigoso)
Dai-me ânimo. Sopro de vida no meu pescoço.
Amém
[suspiros]
Eu achava que já estava voltando a ser uma criatura racional, e tranquila.
Me sinto um pouco inútil.
droga
o fim de semana vai acabar e virá ainda outro fim de semana
amanhã será o temível Domingo.
melancólica. sem um pingo de entusiasmo. (isso é perigoso)
Dai-me ânimo. Sopro de vida no meu pescoço.
Amém
terça-feira, 16 de março de 2010
O Rio
Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranqüilas
Manuel Bandeira
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranqüilas
Manuel Bandeira
quinta-feira, 11 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
SONETO
Aceitarás o amor como eu o encaro ?…
…Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.
Que grandeza… a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.
Mário de Andrade
…Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.
Que grandeza… a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.
Mário de Andrade
quinta-feira, 4 de março de 2010
Em 02 de março, a tarde acabando
Saí às 17h, necessidade de mar.
Caminho ligeira, arfante
até a pausa: vi o mar
revolto e verde completo
ainda não há paz
continuo, areia fofa, passos
mas escurece, tenho que voltar
não tem postes, perigo (dizem)
a água está morna
queria lançar-me
no verde agora grave
mas não posso
(mas não há coragem)
sou frágil contra as ondas
talvez me machucasse
só mergulhando compreenderia...
tudo já são sombras
só o som do seu ritmo contínuo
chego na calçada,
me refazer na luz
Caminho ligeira, arfante
até a pausa: vi o mar
revolto e verde completo
ainda não há paz
continuo, areia fofa, passos
mas escurece, tenho que voltar
não tem postes, perigo (dizem)
a água está morna
queria lançar-me
no verde agora grave
mas não posso
(mas não há coragem)
sou frágil contra as ondas
talvez me machucasse
só mergulhando compreenderia...
tudo já são sombras
só o som do seu ritmo contínuo
chego na calçada,
me refazer na luz
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Carnaval
I
Deslumbrada.
Me segura se não eu caio.
II
Dança em roda com os amigos,
felicidade.
III
Aí começou a chover.
A melhor hora!
IV
Cansada, dormir.
V
Os Blocos de Frevo!
Imprensada, a banda tocava.
Confete, serpentina, fantasias, calor, tanta gente.
Quando via uma brechinha eu ia frevar.
Que lindo!
Era isso que eu queria.
VI
Um Blues charmoso.
Meus amigos encontram amigos,
que parecem logo tão meus também.
Dançando caliente.
Tudo lotado, todos cantando Zé
VII
Cordel tão encantado
Chuveu serpentinas e prata
Minhas mãos sempre no alto
VIII
Medo de morrer
IX
Todo mundo junto de novo
Voltar pra casa
Deslumbrada.
Me segura se não eu caio.
II
Dança em roda com os amigos,
felicidade.
III
Aí começou a chover.
A melhor hora!
IV
Cansada, dormir.
V
Os Blocos de Frevo!
Imprensada, a banda tocava.
Confete, serpentina, fantasias, calor, tanta gente.
Quando via uma brechinha eu ia frevar.
Que lindo!
Era isso que eu queria.
VI
Um Blues charmoso.
Meus amigos encontram amigos,
que parecem logo tão meus também.
Dançando caliente.
Tudo lotado, todos cantando Zé
VII
Cordel tão encantado
Chuveu serpentinas e prata
Minhas mãos sempre no alto
VIII
Medo de morrer
IX
Todo mundo junto de novo
Voltar pra casa
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Começou o carnaval
Nesta noite, a felicidade da gente toda estava em mim
e eu éramos a felicidade de toda gente
e eu éramos a felicidade de toda gente
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Da fuga
"Perdi-me muitas vezes pelo mar,
o ouvido cheio de flores recém cortadas,
a língua cheia de amor e de agonia (...)"
Federico García Lorca
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
***
rompem-se as cordas
arremesso-me ao mundo
caio estilhaçada no chão
o gosto do sangue quente no rosto
arremesso-me ao mundo
caio estilhaçada no chão
o gosto do sangue quente no rosto
domingo, 31 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
24/01
Em nome da liberdade, foi o que eu disse.
E o que é a liberdade?
O que anseio?
Não recomeçar, para não terminar.
E assim, ser eterno.
Será válido?
Olhar o mar distante, sempre contigo,
não mergulhar pois se afoga, ou sofre com a despedida.
Quando tocou a música, lembrei...
não consigo mais escrever não.
E o que é a liberdade?
O que anseio?
Não recomeçar, para não terminar.
E assim, ser eterno.
Será válido?
Olhar o mar distante, sempre contigo,
não mergulhar pois se afoga, ou sofre com a despedida.
Quando tocou a música, lembrei...
não consigo mais escrever não.
domingo, 17 de janeiro de 2010
17/01
Foi embora todo o entusiasmo que me invadia ontem no começo da noite.
Droga.
Triste por não saber o que quero.
Ou, talvez por ter medo.
A ansiedade, o momento esperado
e nada é como se sonha...
hoje viajarei no começo da tarde
14:00 ou 15:20
areia,
sem ânimo.
Droga.
Triste por não saber o que quero.
Ou, talvez por ter medo.
A ansiedade, o momento esperado
e nada é como se sonha...
hoje viajarei no começo da tarde
14:00 ou 15:20
areia,
sem ânimo.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Ouço
A música cai em pingos. É luminosa, reluz estrelas. Faz brilhar teus olhos. E danço porque já é o que respiro.
domingo, 10 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
05/01
Querido diário,
bateu o desespero.
AI
bateu o desespero.
AI
Minhas mãos suam frio pela primeira vez em 2010. Quando parece que tudo tá calminho...
Fim-de-tarde no mar caminhei até escurecer e aparecer as primeiras estrelas. Tudo tão lindo. As ondas exibidas, enormes, faziam muita espuminha branca- carinho nos pés. Era um verde homogeneo, como o homogeneo azul céu sem nuvens. É verão e então não estava só, a praia também era de crianças esparramadas na areia, moças correndo, senhores conversando, alguns surfando. Até que escureceu. E ficou só eu, estrelas e a violência das ondas. De olhos arregalados. Sentidos arregalados. De sorriso pra natureza envolta, em mim (orla do começo do bessa não tem calçadinha nem iluminação, me permitindo tudo isso). Não imaginaria que poucas horas depois estaria assim. Vida é assim mesmo, né. Vamos ver o que acontece...Tudo é surpresa onde antes era certo. Além de tudo ainda tem as aulas que voltarão! Me reorientar, ler correr, projetos, projetos, pesquisa, artigos. Ansiedade de novo habitando meu corpo, que tava tão levinho. Tou bem viva. Tenho que aproveitar.
Fim-de-tarde no mar caminhei até escurecer e aparecer as primeiras estrelas. Tudo tão lindo. As ondas exibidas, enormes, faziam muita espuminha branca- carinho nos pés. Era um verde homogeneo, como o homogeneo azul céu sem nuvens. É verão e então não estava só, a praia também era de crianças esparramadas na areia, moças correndo, senhores conversando, alguns surfando. Até que escureceu. E ficou só eu, estrelas e a violência das ondas. De olhos arregalados. Sentidos arregalados. De sorriso pra natureza envolta, em mim (orla do começo do bessa não tem calçadinha nem iluminação, me permitindo tudo isso). Não imaginaria que poucas horas depois estaria assim. Vida é assim mesmo, né. Vamos ver o que acontece...Tudo é surpresa onde antes era certo. Além de tudo ainda tem as aulas que voltarão! Me reorientar, ler correr, projetos, projetos, pesquisa, artigos. Ansiedade de novo habitando meu corpo, que tava tão levinho. Tou bem viva. Tenho que aproveitar.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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